23 de maio de 2009

Para pensar....

O urso e a panela

Um grande urso, vagando pela floresta, percebeu que um
acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela
tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o
urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando
tudo.Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na
verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no
peito e por onde mais a panela encostava.O urso nunca havia experimentado
aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como
uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E,
quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso
corpo.
Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu
corpo e mais alto ainda rugia. Quando os caçadores chegaram ao
acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira,
segurando a tina de comida.O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram
grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a
expressão de estar rugindo.Quando terminei de ouvir esta história de um
mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas
coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor,
nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos
importantes.Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa
situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos
corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos,
acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário
reconhecer, em certos momentos, nem sempre o que parece salvação vai lhe
dar condições de prosseguir.Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.
Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

Solte a panela.

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